March 26th 2018 the Greek government re-opened Oinofyta Camp.
Why?
The camp reopened to accommodate asylum seekers who were removed from the island camps in December and January and were living in hotels in Athens since. The costs were covered by ECHO but then they notified they couldn't cover them from April on. So four of the camps previously closed had to re-open, Oinofyta being one of those camps.
How?
Oinofyta camp didn't re-open as the same camp that closed, and that I had previously described here. Most of the organizations who previously worked at the camp couldn't provide services since they were not government organizations and Oinofyta re-opened as a government camp. That including Do Your Part, who previously managed Oinofyta Camp.
IOM who was also providing services at Oinofyta Camp pre-closing, was asked to facilitate the accommodation and to provide basic supplies to everyone transferred to the camp as well as helping with registration. They have been managing the camp since the re-opening.
How about now?
It's been brought to my knowledge that the situation in the camp is unbearable. In Lisa's (previous manager) own words:"The situation in the camp is almost indescribable. The desperation is not like anything I have seen before. The most vulnerable people have been put in a place that at it’s best still didn’t have the best accommodations, but was made up for by the services and community that were in place. These new residents have been left on their own for days at a time with only the military catering truck coming to the camp three times a day to bring food that is not nutritionally sound, and there is no distribution in place yet. I have spoken to the Facility Coordinator and he has assured me that they will be getting supplies in, but they do not warehouse anything and have to order it in. Now they can cook their own meals on eletric stoves IOM provided." About the current population at the camp, according to Lisa "Initially there were over 400 people in the camp, 130 of them are children between the ages of 10 days old to 17 years old. But now the camp is being expanded – 42 tents have been put in and more are expected. There is a contractor building more rooms in what used to be the warehouse space and the communal kitchen space. 3,000 more refugees are being moved from the overcrowded islands to the mainland by the end of this month and they will be going into tents that have been placed in almost every mainland camp. The estimate is that the population of Oinofyta – which is now at over 650 – will expand to 1,000. There is no onsite medical care, no child protection team, no women’s support, no psychological counseling, and NOTHING to do to occupy their time. But there is now one more organization in the camp: FoodKIND, they are preparing one meal a day to supplement the residents own cooking and they have been tasked with providing activities for the children – even though they have NEVER done children’s activities. This way IOM can tick a box saying they have children’s activities.”
As proof that the desperation of the delay on the processing asylum claims and keeping this human beings on a limbo for such long period of time, living in places with no minimum conditions assured, is affecting not only their lives but also their health, on June 22nd a 20-year-old resident died from suicide at Oinofyta Camp. This has currently been happening at the islands, even with children, and it's a major issue that needs addressing right-away.
And what's there to hope for?
The future of the camp is still unknown, the government is yet to decide if it's going to stay open or being shut down again.
Do Your Part created a Community Center at Oinofyta and has been distributing diapers, baby wipes, baby milk, feminine hygiene kits and wash powder to the residents, they have also been filling prescription for medication and providing baby beds for the newborns.
Small groups of people have been brought from the camp to the Community Center three times a week to participate in various activities as movies for children or arts and crafts for women.
There are also doctors and midwives coming to the center a couple of days a week and helping the ones in need for medical attention.
Quoting Lisa's words again: "Our overall goal here in Greece has not changed from the first trip here in November of 2015: we are here to help the asylum seekers. They are still coming and still in need of the basic care as well as assistance in integration to their new country."
You can follow closely DYP’s Community Center activities at their facebook page.
Beneath Do Your Part's umbrella and Lisa's management, the Community Center is being run by two previous residents of the Oinofyta Camp. And Oinofyta Wares (you can read more about it here) is also still running and being supervised by another previous resident of the camp.
How can YOU help?
All of this only happens because there are generous donors who help DYP get the much-needed financial support. And the fact that the media tends to forget about the refugee crisis makes it harder to find people willing to donate or interested on the issue.
So DYP is looking for sponsors who can help them continue providing a side help to all the residents at Oinofyta Camp. Currently the funds only allow maintenance of all this projects until October, but DYP will have to begin shutting down if they cannot find more support.
If you don't have means to financial help but you still want to contribute in some way, DYP is always looking for volunteers who can help at the Community Center with all the activities currently in place.
If you don't have money neither have time to volunteer, please share around.
The media may forget about the refugee crisis, but we shouldn't.
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A 26 de Março de 2018 o governo grego reabriu o campo de Oinofyta.
Porquê?
O campo reabriu para acomodar requisitantes de asilo que foram removidos dos campos das ilhas em Dezembro e Janeiro, e viviam em hotéis em Atenas desde então. Os custos eram suportados pela ECHO que posteriormente notificou não conseguir cobrir os custos de Abril em diante. Dessa forma, quatro dos campos previamente fechados na Grécia tiveram necessariamente de ser reabertos e Oinofyta foi um desses campos.
Como?
O campo de Oinofyta não reabriu como o mesmo campo que era quando fechou, e que eu tinha descrito previamente aqui.
A maioria das organizações que tinham trabalhado no campo antes deste fechar não puderam continuar a prestar serviços por não serem organizações governamentais e Oinofyta ter aberto como um campo do governo. Isto implicou a saída da Do Your Part do campo, apesar de previamente ter sido a organização a geri-lo.
IOM que também tinha prestado os seus serviços no campo antes do fecho, foi a organização que ficou responsável pela acomodação e e por assegurar as necessidades básicas de todos os novos residentes, bem como ajuda-los com o registo. Desde então tem gerido o campo.
E agora?
A informação que me tem chegado através de voluntários e ex-residentes é de que a situação no campo é insuportável. Nas palavras de Lisa Campbell (manager do campo antes deste fechar):
"A situação é indescritível. O desespero é como nunca vi antes. As pessoas mais vulneráveis foram postas num lugar que no seu melhor não tem de todo as melhores acomodações, mas foi compensado pelos serviços prestrados e pela comunidade local. Estes novos residentes foram deixados à sua mercê por dias a fio com apenas o catering providenciado pelo exército num camião que três vezes ao dia para trazer comida com pouco valor nutricional e sem um sistema de distribuição instalado. Falei com o coordenador de instalações que me assegurou que iriam receber abastecimentos extra mas não podiam ser armazenados e tinham de ser previamente pedidos. Actualmente podem cozinhar as próprias refeições em fogões elétricos que a IOM instalou."
Sobre a população residente no campo, segunda a Lisa:
"Inicialmente eram mais de 400 pessoas, 130 delas crianças entre os 10 dias e os 17 anos de idade. Mas agora o campo está em expansão, foram instaladas 42 tendas e é suposto serem ainda mais. Há um empreiteiro contratado para construir mais quartos nos espaços que antigamente serviam de armazém e de cozinha comunitária. Mais 3000 refugiados estão a ser movidos das ilhas sobre-lotadas para o continente e no fim deste mês ocuparão as tendas que estão a ser postas em quase todos os campos do continente. A estimativa é que a população de mais de 650 pessoas em Oinofyta cresça para 1000. Não há ninguém a providenciar cuidados médicos no local, nenhuma equipa de proteção infantil, não há aconselhamento psicológico e não há NADA para ocupar o tempo destes residentes. Mas há agora mais uma organização no campo: FoodKIND, responsável por preparar uma refeição por dia de forma a suplementar o que os residentes cozinham e a quem foi atribuida a tarefa de promover atividades com crianças apesar de estas NUNCA terem decorrido. Desta forma a IOM pode pôr um visto na lista e dizer que têm atividades para crianças."
Prova de que o desespero causado pelo atraso do processamento dos pedidos de asilos e pelo facto de deixarem estes seres humanos num limbo por tanto tempo, a viver sem o mínimo de condições asseguradas, está a afetar não só as suas vidas mas também a sua saúde: a 22 de Junho um residente de 20 anos morreu de suicídio no campo de Oinofyta. Isto tem estado a acontecer recorrentemente nas ilhas, inclusive com crianças, e é um assunto sério e grave que tem de ser urgentemente tido em conta e resolvido.
O que se pode esperar daqui?
O futuro do campo continua incerto. O governo ainda tem de decidir se continuará aberto ou será de novo encerrado.
Do Your Part criou um Centro Comunitário em Oinofyta e tem distribuído fraldas, toalhitas higiénicas, fórmula para bebés, kits de higiene feminina e detergente aos residentes, também têm pago por medicamentos que fazem parte da medicação crónica de alguns residentes e oferecido camas de bebé aos recém nascidos.
Em grupos pequenos, os residentes têm sido tirados do campo algumas horas para passar tempo neste centro, três vezes por semana, de forma a participarem em atividades como filmes para as crianças e arte para as mulheres.
Também há médicos e parteiras a oferecer os seus serviços no centro duas vezes por semana de forma a suprir as necessidades dos que têm condições médicas.
Citando de novo as palavras da Lisa: "O nosso objetivo primordial aqui na Grécia não mudou desde a primeira viagem em Novembro de 2015: estamos aqui para ajudar os que requisitam asilo. Eles continuam a chegar e continuam a precisar de cuidados básicos, assistência e integração num novo país." Podem seguir atentamente as atividades do Centro Comunitário na página do facebook.
Ao abrigo da DYP e da administração principal da Lisa, o Centro Comunitário está a ser gerido por dois dos antigos residentes do campo de Oinofyta. Bem como o projeto Oinofyta Wares (do qual podes saber mais aqui) que está a ser gerido também por um antigo residente.
Como podes TU ajudar?
Tudo isto só acontece graças a donativos generosos de pessoas que ajudam DYP a conseguir o suporte monetário indispensável à gestão de todos estes projetos. O facto de os media se esquecerem persistentemente da crise de refugiados torna difícil a procura de pessoas dispostas a doar ou interessadas no assunto.
Por isso DYP procura patrocinadores que possam financiar os projetos desta ajuda extra aos residentes do campo de Oinofyta. Atualmente o fundo de maneio permite apenas a manutenção dos projetos até ao final de Outubro, depois disso terão de ser terminados se não se encontrar financiamento.
Se não tens meios para ajudar financiamente mas ainda assim queres contribuir, DYP está sempre à procura de voluntários que possam ajudar a desenvolver estes projetos na Grécia.
Se não tens disponibilidade monetária ou tempo por favor partilha a informação.
Os media podem esquecer-se da crise dos refugiados mas nós não devíamos.